O autismo, cientificamente conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma síndrome caracterizada por problemas na comunicação, na socialização e no comportamento. Diagnosticada entre os 2 e 3 anos de idade da criança, apresenta características específicas, como dificuldade na fala, em expressar ideias e sentimentos, mal-estar em situações de contato social e contato visual restrito, além de padrões repetitivos como ficar muito tempo sentado balançando o corpo para frente e para trás.
A OGS e seu time de psiquiatria tem acompanhado o crescimento e pulverização nos serviços de streaming de diversas séries que tratam do autismo e que têm chegado ao público e colaborado para uma melhor compreensão do TEA:
Sam é um garoto autista de 18 anos que, encorajado por sua psicóloga, decide procurar uma namorada. Além de buscar mais independência e autoconhecimento, também começa a se ver envolvido na sua primeira história de amor, enquanto vários problemas ocorrem em torno do dia a dia da família.
A série gira em torno de um jovem portador da síndrome de Asperger que, após a morte de seu pai, conhece seu tio, um ex-criminoso que nunca tinha visto antes. Aos poucos, eles vão compreender o real significado das noções de vida, morte e espírito de família.
A série acompanha o médico autista Shaun Murphy, em busca de um trabalho em um grande hospital na cidade de San Jose, Califórnia. Shaun foge de casa e passa a ficar sob os cuidados do Dr. Glassman, médico e presidente do hospital, que se sensibiliza com a situação do garoto e se torna uma figura paterna ao longo de sua trajetória.
Lições e Aprendizados
Na interação com pessoas com autismo, escutar é fundamental para construir laços. Como são pessoas naturalmente introspectivas, escutá-las leva a uma interação social melhor e mais natural, abrindo caminhos para elas mesmas encontrarem uma saída para os problemas que o incomodam. O Dr. Shaun Murphy que o diga!
Superação de dificuldades em relacionamentos
Dados da Organização Mundial da Saúde destacam: a cada 160 crianças, uma apresenta algum nível de autismo. O órgão alerta para a importância de priorizar a atenção à saúde mental e ao bem-estar emocional dessas pessoas, pois os sintomas do TEA se manifestam já na infância e permanecem com seus portadores. Nas séries mencionadas, percebemos o quanto é necessário superar e apoiar essas pessoas em seus desafios que envolvem relacionamentos sociais e afetivos.
Ainda que a constituição brasileira defenda um atendimento igualitário às demandas educativas, a realidade do processo de inclusão está a anos-luz do que está estabelecido. De uma maneira sutil e leve, as séries nos mostram a importância de todos adotarmos estratégias inclusivas para atender às muitas particularidades dos autistas.
E nunca é demais lembrar: a busca do auxílio de profissionais especializados é fundamental para reduzir os abismos sociais e impactos do distúrbio sobre a rotina dessas pessoas.