Excluir causas orgânicas!
Sim, essa resposta que vem de imediato pode parecer óbvia à primeira vista.
Porém basta dar alguns plantões de porta/emergência que vemos na prática que não é tão simples assim.
Muitas vezes nos deparamos com um caso que julgamos ser psiquiátrico, como um transtorno de ansiedade, depressivo ou psicótico e logo fazemos alguma medicação sintomática e pedimos a avaliação da psiquiatria.
Porém, não podemos esquecer que esses sintomas do paciente, talvez tipicamente psiquiátrico num primeiro momento, pode ser secundário a alguma causa orgânica.
Quer exemplos simples?
- O que julgamos ser transtorno depressivo pode ser hipotireoidismo sintomático.
- O que julgamos ser transtorno psicótico pode ser delirium hiperativo em um idoso com alguma infecção.
- O que julgamos ser transtorno de ansiedade pode ser um tromboembolismo pulmonar.
Imagine o prejuízo que pode ser causado ao paciente se não for investigado de maneira correta e em tempo hábil!
Por isso, devemos sempre pensar além do óbvio e investigar, principalmente se o paciente não tiver um diagnóstico de base e for a primeira descompensação do quadro.
Além de realizar anamnese e exame físico completo, é importante solicitar laboratório, excluindo doenças infecciosas, alterações metabólicas, doenças crônicas e em alguns casos selecionados até exames de imagem, como tomografia de crânio!
Após a investigação inicial e descartadas às causas orgânicas podemos proceder com tranquilidade na avaliação do psiquiatra!
Até a próxima!
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