A Campanha do Outubro Rosa está acabando, mas a luta continua pelos próximos 365 dias.
Hoje OGS traz uma entrevista com a Dra. Valquiria Roveran.
A Dra Valquiria é Graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, com Mestrado e Doutorado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, docente do curso de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi e referência técnica da Saúde da Mulher da Prefeitura de São José dos Campos
OGS: Como um médico, seja na porta ou enfermaria, pode orientar a população no rastreio do câncer de mama? Qual exame indicar e para quais pacientes? Lembrando sempre que essa investigação é ambulatorial, correto?
Dra Valquiria: Pela Sociedade Brasileira de Mastologia, o rastreamento do câncer de mama é recomendado para todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade, com a realização da mamografia anualmente. O médico generalista pode solicitar o exame ou orientar a paciente a agendar consulta com ginecologista ou procurar uma unidade básica de saúde (UBS).
OGS: Uma paciente realizou mamografia em uma campanha e o resultado foi BI-RADS 4 ou 5, ela procurou sobre isso na internet e viu que pode ser maligno, chegou no pronto socorro e me pediu para orientá-la. O que devo fazer? pra onde encaminhar para que ela receba a assistência mais rápido possível?
Dra Valquiria: A paciente deve agendar consulta com um mastologista de convênio ou procurar uma UBS. O atendimento nesses casos é priorizado.
OGS: Qual a probabilidade de cura de um paciente com diagnóstico de neoplasia maligna de mama? Tem relação com o tamanho do nódulo?
A probabilidade de cura é de 95% quando o diagnóstico é feito precocemente, ou seja, em exame de rotina com nódulos ainda não palpáveis. Daí a importância da mamografia de rotina.
OGS: Quais os principais fatores de risco para câncer de mama?
Dra Valquiria: Os principais fatores de risco são: Idade, principalmente a partir dos 50 anos; fatores hormonais como menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais e terapia de reposição hormonal pós-menopausa; fatores comportamentais incluem a ingesta de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade, inatividade física e exposição à radiação; fatores genéticos com casos de câncer de mama ou ovário em parentes de primeiro grau.
OGS: Sou profissional da área da saúde e fui diagnosticada com câncer de mama. Preciso parar de trabalhar?
Dra Valquiria: O afastamento do trabalho vai depender do estadiamento do câncer e do tratamento a ser realizado. Geralmente, há necessidade de afastamento temporário durante a recuperação cirúrgica e se houver necessidade de radioterapia ou quimioterapia, podendo retornar ao trabalho após o ciclo de tratamento.
OGS: O tratamento para câncer de mama no Brasil é gratuito? Consigo pelo SUS?
Dra Valquiria: Existe o tratamento com cobertura pelos convênios e tratamento gratuito pelo SUS. Os atendimentos dos casos oncológicos são priorizados.
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